A formulação do Plano Estratégico 2024-2027 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária: contexto, escolhas e resultados

The formulation of the 2024-2027 Strategic Plan of the National Health Surveillance Agency: Context, Choices, and Outcomes

La formulación del Plan Estratégico 2024-2027 de la Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria: contexto, elecciones y resultados

DOI: https://doi.org/10.69733/clad.ryd.n91.a389
Publicado
2025-04-16

Gustavo Henrique Trindade da Silva
Wanessa Tenório Gonçalves Holanda
Marina Torres Uber Bucek
João Paulo Mota

Resumen (es)

El Plan Estratégico 2024-2027 de la Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (ANVISA) es el resultado de un proceso colaborativo que establece los compromisos futuros de la agencia. Su formulación comenzó con un diagnóstico situacional exhaustivo que involucró entrevistas, encuestas internas y el análisis de documentos estratégicos, como estudios de tendencias y planes gubernamentales. Este diagnóstico permitió la incorporación de perspectivas de actores internos y externos, lo que posibilitó un análisis detallado de escenarios y la identificación de fortalezas, debilidades, oportunidades y amenazas. Utilizando una metodología que combina el balanced scorecard y objetivos y resultados clave, el Plano Estratégico estableció metas claras y medibles alineadas con los resultados clave. El mapa estratégico refleja la misión, visión y valores, junto con siete objetivos estratégicos — cuatro centrados en resultados para la sociedad y tres en el fortalecimiento interno. La definición de estos objetivos se basó en evidencia de los contextos nacional e internacional. La gestión ágil guió la construcción del portafolio de proyectos estratégicos, asegurando la entrega de resultados. La estrategia se destaca por la priorización de temas críticos, comunicación objetiva, consistencia metodológica y promoción del compromiso de los empleados, reforzando el papel de fortalecimiento de la salud pública en Brasil.

Palabras clave (ES): Gestión estratégica; Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria; Planificación estratégica; Brasil; Gestión ágil; Objetivos y Resultados Clave (OKR).

Resumen (en)

The 2024-2027 Strategic Plan of the National Health Surveillance Agency (ANVISA) results from a collaborative process that establishes the agency's future commitments. Its formulation began with a comprehensive situational diagnosis involving interviews, internal surveys, and the analysis of strategic documents, such as trend studies and government plans. This diagnosis enabled the incorporation of insights from both internal and external actors, allowing for a detailed scenario analysis and the identification of strengths, weaknesses, opportunities, and threats. Using a methodology that combines the balanced scorecard (BSC) and objectives and key results (OKRs), the Strategic Plan set clear and measurable goals aligned with key outcomes. The strategic map reflects ANVISA’s mission, vision, and values, along with seven strategic objectives — four focused on societal outcomes and three on internal strengthening. The definition of these objectives was based on evidence from national and international contexts. Agile management guided the development of the strategic project portfolio, ensuring the delivery of results. The strategy stands out for its prioritization of critical issues, objective communication, methodological consistency, and promotion of employee engagement, reinforcing ANVISA’s role in strengthening public health in Brazil.

Palabras clave (EN): Strategic management; National Health Surveillance Agency; Strategic planning; Brazil; Agile management; Objectives and Key Results (OKR).

Resumen (pt_BR)

O Plano Estratégico 2024-2027 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resulta de um processo colaborativo que estabelece os compromissos da agência para o futuro. Sua formulação iniciou-se com um diagnóstico situacional abrangente, que envolveu entrevistas, pesquisa interna e análise de documentos estratégicos, como estudos de tendências e planos governamentais. Esse diagnóstico permitiu a incorporação de percepções de atores internos e externos, o que possibilitou uma análise detalhada de cenários e a identificação de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. A metodologia adotada combina o balanced scorecard (BSC) e os objectives and key results (OKRs), permitindo o estabelecimento de metas claras e mensuráveis. O mapa estratégico reflete a missão, visão e valores da Anvisa, além de sete objetivos estratégicos — quatro voltados para os resultados para a sociedade e três para o fortalecimento interno. A definição desses objetivos baseou-se em evidências dos contextos nacional e internacional. A gestão ágil orientou a construção do portfólio de projetos estratégicos, assegurando a entrega de resultados. A estratégia destaca-se pela priorização de temas críticos, pela comunicação objetiva, pela consistência metodológica e pela promoção do engajamento dos colaboradores, reforçando o papel da Anvisa no fortalecimento da saúde pública no Brasil.

Palabras clave (PT): Gestão estratégica; Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Planejamento estratégico; Brasil; Gestão Ágil; Objetivos e Resultados-Chave (OKR).

Gustavo Henrique Trindade da Silva, Anvisa

É Mestre em Saúde Pública pela Fiocruz, com especializações nas áreas de Direito Público, de Políticas Públicas e Gestão Estratégica da Saúde e de Vigilância Sanitária. Bacharel em Direito, com 24 anos de experiência profissional em regulação, governança e gestão, inovação e políticas públicas. Em 2005 passou a integrar a carreira de Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária. Desde 2019 desempenha a função de Assessor-Chefe de Planejamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

Wanessa Tenório Gonçalves Holanda, Ministry of Health

É doutora em Medicina Tropical pela Universidade de Brasília e mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Pernambuco. Fonoaudióloga, sanitarista, com 17 anos de experiência como servidora pública nos níveis municipal, estadual e federal. É servidora do Ministério da Saúde, tendo atuado como assessora técnica e diretora substituta do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Desde outubro de 2020 trabalha na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, atuando como Coordenadora de Planejamento e Gestão Estratégica. Participou da concepção e implementação da gestão por OKRs (Objectives and Key Results) na Agência, trabalho este que tem sido referência para o setor público e que recebeu premiação na categoria Escala no Agile Trends 2023 e está disposto no rol de boas práticas do VitrineGov do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Marina Torres Uber Bucek

É especialista em Saúde da Mulher pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Servidora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2014, possui experiência em análise de dispositivos médicos, boas práticas de fabricação, contratos, estratégia, processos, riscos corporativos, projetos e secretaria-executiva. Desde 2022 ocupa o cargo de assessora da Assessoria de Planejamento da Anvisa. 

João Paulo Mota

Administrador pela UnB, MBA em Administração Estratégica pela FGV, Mestre em Engenharia pela UnB e Doutor em Administração pela Université de Bordeaux (tese entregue e aceita). Tem formação executiva em Gestão para Resultados pela Harvard University Kennedy School of Government e em Avaliação de Performance pela Georgetown University. Já participou, como consultor e coordenador, de mais de 90 projetos de consultoria em gestão para resultados para o setor público e organismos internacionais. Professor convidado da Enap, FDC, Ibmec e IDP. Ministrou mais de 100 cursos de formação executiva em temas relacionados à gestão para resultados (Governança, Indicadores de Performance, Gestão de Processo e Projetos, e Monitoramento e Avaliação, Inovação, Data Analytics e Transformação Digital). É autor ou coautor de mais de 40 publicações, no Brasil e exterior, envolvendo artigos e capítulos de livros. É certificado SPM® em Gestão Estratégica de Performance pelo Núcleo de Performance da Rutgers University. Ministra cursos e palestras sobre gestão em eventos acadêmicos e profissionais. É diretor do Instituto Publix. 

Referencias

Afonso, A. B., Porto, G., Mota, J. P., & Woortmann, M. (Eds.). (2023). Governança em ação: Volume 9. Publix.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2024). Plano Estratégico 2024-2027: Inovação e Eficiência na Regulação Sanitária. Anvisa. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/acessoainformacao/acoeseprogramas/planejamento-estrategico/2024-2027/pe_2024_2027_atualizacao_10_6_2024.pdf

Aminu, A., Muhammad, N., & Hassan, I. (2020). Strategic planning process and organizational performance in Nigerian public sector: A review of literature. International Journal of Academic Research in Business and Social Sciences, 10(7), 367-382. http://dx.doi.org/10.6007/IJARBSS/v10-i7/7424 DOI: https://doi.org/10.6007/IJARBSS/v10-i7/7424

Amoo, N., Lodorfos, G., & Mahtab, N. (2023). Over half a century of strategic planning performance research–what have we been missing?. International Journal of Organizational Analysis, 31(5), 1623-1652. https://doi.org/10.1108/IJOA-08-2021-2919 DOI: https://doi.org/10.1108/IJOA-08-2021-2919

Andrews, R., Beynon, M. J., & McDermott, A. M. (2016). Organizational capability in the public sector: A configurational approach. Journal of Public Administration Research and Theory, 26(2), 239-258. https://doi.org/10.1093/jopart/muv005 DOI: https://doi.org/10.1093/jopart/muv005

Andrews, R., Boyne, G., Law, J., & Walker, R. (2011). Strategic management and public service performance. Springer. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230349438

Berman, E. M., & Hijal-Moghrabi, I. (2022). Performance and Innovation in the Public Sector: managing for results. Routledge. DOI: https://doi.org/10.4324/9781003304753

Brandão Lima Júnior, E., de Oliveira, G. S., dos Santos, A. C. O., & Schnekenberg, G. F. (2021). Análise documental como percurso metodológico na pesquisa qualitativa. Cadernos da Fucamp, 20(44). https://revistas.fucamp.edu.br/index.php/cadernos/article/view/2356

Brasil. (1999). Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9782.htm

Bryson, J. M. (2018). Strategic planning for public and nonprofit organizations: A guide to strengthening and sustaining organizational achievement. John Wiley & Sons.

Bryson, J. M., Edwards, L. H., & Van Slyke, D. M. (2018). Getting strategic about strategic planning research. Public Management Review, 20(3), 317-339. https://doi.org/10.1080/14719037.2017.1285111 DOI: https://doi.org/10.1080/14719037.2017.1285111

Christensen, T., & Lægreid, P. (2007). The whole‐of‐government approach to public sector reform. Public Administration Review, 67(6), 1059-1066. https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2007.00797.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2007.00797.x

Collins, J. C., & Porras, J. I. (1996). Building your company’s vision. Harvard business review, 74, 65-78.

Doerr, J. (2018), Measure what matters: How Google, Bono, and the Gates Foundation rock the world with OKRs. Portfolio.

Drucker, P. F. (1974). Tasks, responsibilities, practices. New Yorks Row, 121-122.

Faridoon, L., Liu, W., & Spence, C. (2024). The Impact of Big Data Analytics on Decision-Making Within the Government Sector. Big Data. https://doi.org/10.1089/big.2023.0019 DOI: https://doi.org/10.1089/big.2023.0019

George, B. (2021). Successful strategic plan implementation in public organizations: Connecting people, process, and plan (3Ps). Public Administration Review, 81(4), 793-798. https://doi.org/10.1111/puar.13187 DOI: https://doi.org/10.1111/puar.13187

George, B., Walker, R. M., & Monster, J. (2019). Does strategic planning improve organizational performance? A meta‐analysis. Public Administration Review, 79(6), 810-819. https://doi.org/10.1111/puar.13104 DOI: https://doi.org/10.1111/puar.13104

Ghemawat, P. (2002). Competition and business strategy in historical perspective. Business history review, 76(1), 37-74. https://doi.org/10.2307/4127751 DOI: https://doi.org/10.2307/4127751

Grant, R. M. (2024). Contemporary strategy analysis. John Wiley & Sons.

Grove, A. S. (2020). Gestão de alta performance: tudo o que um gestor precisa saber para gerenciar equipes e manter o foco em resultados. Benvirá.

Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1996). Using the balanced scorecard as a strategic management system. Harvard Business Review, 74(1), 75-85.

Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (2008). The execution premium: Linking strategy to operations for competitive advantage. Harvard business press.

Kotler, P., & Keller, K. L. (2012). Marketing Management (14a ed). Pearson.

Lafley, A. G., & Martin, R. L. (2013). Playing to Win: How Strategy Really Works. Harvard Business Review Press.

Liu, Z., (2025). Implementation of the Balanced Scorecard in Large Firms: A Systematic Review. Asian Journal of Accounting and Finance, 6(2), 1-11. https://doi.org/10.55057/ajafin.2024.6.2.1 DOI: https://doi.org/10.55057/ajafin.2024.6.2.1

March, J. G. (1991). Exploration and exploitation in organizational learning. Organization science, 2(1), 71-87. https://doi.org/10.1287/orsc.2.1.71 DOI: https://doi.org/10.1287/orsc.2.1.71

Marr, B., & Roos, G. (2012). A strategy perspective on intellectual capital. In C. M. Stahle, & D. O’Donnell (Eds.), Perspectives on intellectual capital (pp. 28-41). Routledge. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-0-7506-7799-8.50007-3

Martins, H. F., & Marini, C. (2010). Um guia de governança para resultados na administração pública. Publix Editora.

Mintzberg, H. (1994), The rise and fall of strategic planning: Reconceiving roles for planning, plans, planners. Free Press.

Mintzberg, H., Ahlstrand, B., & Lampel, J. B. (2020). Strategy safari: The complete guide through the wilds of strategic management. (2ª ed.). Pearson UK.

Mota, J. P. (2022), Canvas Ágil de Projetos: Estruturação, Design e Aceleração da Carteira de Projetos. Publix Ideias. https://institutopublix.com.br/docs/Serie_Publix_Ideias_canvas_agil_de_projetos_Instituto_Publix.pdf

Paine, L. S. (1994). Managing for organizational integrity. Harvard business review, 72(2), 106-117.

Parmenter, D. (2015). Key performance indicators: developing, implementing, and using winning KPIs. John Wiley & Sons. DOI: https://doi.org/10.1002/9781119019855

Phadermrod, B., Crowder, R. M., & Wills, G. B. (2019). Importance-performance analysis based SWOT analysis. International journal of information management, 44, 194-203. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2016.03.009

Poister, T. H. (2010). The future of strategic planning in the public sector: Linking strategic management and performance. Public administration review, 70, s246-s254. https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2010.02284.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2010.02284.x

Porter, M. E. (1980). Competitive Strategy: Techniques for analyzing industries and competitors. The Free Press.

Porter, M. E. (1996). “What is strategy?”. Harvard Business Review, 74(6), 61-78.

Schoemaker, P. J. (1995). Scenario planning: a tool for strategic thinking. MIT Sloan Management Review. https://sloanreview.mit.edu/article/scenario-planning-a-tool-for-strategic-thinking/

Sörgens, C. (2023). OKR Solar System: A Comprehensive Guide. https://cansel-soergens.com/2023/07/06/okr-solar-system/

Sundararajan, B., & Sundararajan, M. (2023). Leaderspeak: An evolutionary psychology approach to reducing gaps in strategic communication. International Journal of Strategic Communication, 17(3), 266-279. https://doi.org/10.1080/1553118X.2023.2235575 DOI: https://doi.org/10.1080/1553118X.2023.2235575

Thompson, A., Janes, A., Peteraf, M., Sutton, C., Gamble, J., & Strickland, A. (2013). Crafting and executing strategy: The quest for competitive advantage: Concepts and cases. McGraw hill.

Tushman, M. L., & O’Reilly III, C. A. (1996). Ambidextrous organizations: Managing evolutionary and revolutionary change. California management review, 38(4), 8-29. https://doi.org/10.2307/41165852 DOI: https://doi.org/10.2307/41165852

Villanueva, B., & Catapan, A. (2021). Government strategic planning: An integrative review of academic production. Europub Journal of Social Sciences Research, 2(1), 2-25. https://doi.org/10.54746/ejssrv2n1-001 DOI: https://doi.org/10.54746/ejssrv2n1-001

Waiganjo, M., Godinic, D., & Bojan, O. (2021). Strategic Planning and Sustainable Innovation During the COVID-19 Pandemic: A Literature Review. International Journal of Innovation and Economic Development, 7(5), 52-59. https://doi.org/10.18775/10.18775/ijied.1849-7551-7020.2015.75.2005 DOI: https://doi.org/10.18775/ijied.1849-7551-7020.2015.75.2005

Zastempowski, M. (2015). The balanced scorecard in the public sector organization. In J. Kużdowicz (Ed.), Managing public organizations in theory and practice (pp. 53-64). Wydawnictwo Uniwersytetu Warmińsko-Mazurskiego.

Dimensions

PlumX

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Visitas

76

Cómo citar

Trindade da Silva, G. H., Tenório Gonçalves Holanda, W. ., Torres Uber Bucek, M. ., & Mota , J. P. . (2025). La formulación del Plan Estratégico 2024-2027 de la Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria: contexto, elecciones y resultados. Revista Del CLAD Reforma Y Democracia, 91, 60-85. https://doi.org/10.69733/clad.ryd.n91.a389

Artículos similares

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.